Compartilhando uma publicação minha feita no LinkedIn há uns 5 meses:
Sobre LIDERANÇA e FILOSOFIA.
Esse não é um artigo científico. Trata-se de uma percepção minha após a leitura e releitura da Alegoria da Caverna de Platão (428 - 348 a.C.). Na verdade, estamos aqui no mundo de "doxa", das opiniões, que fique claro. Se julgar necessário complemente ou me corrija.
Nesse texto que apresenta um diálogo onde Sócrates expõe a situação de escravos que vivem acorrentados numa caverna e tudo que vêem são sombras projetadas na parede. Sombras de coisas que ficam atrás deles. O "real" para eles são as sombras e não as coisas que dão origem às sombras. Um desses escravos se liberta e sai da caverna. Após uma breve cegueira causada pela luminosidade, ele passa a observar os objetos que projetavam as sombras e decide voltar à caverna para libertar os outros escravos. O final dessa história vc acha em livros ou na internet, mas paro de contá-la por aqui.
Reparem que o escravo, agora homem livre e esclarecido, resolve voltar à caverna. Ele sai de sua "zona de conforto" e retorna às trevas. Platão caracteriza aí a missão político-pedagógica do filósofo.
Não se assemelha essa missão àquilo que hoje em dia entendemos ser o papel de um LÍDER?
Obs.: Não a toa, cerca de 800 anos depois de Platão, Santo Agostinho (354 - 430 d.C.) utilizou-se desse ensinamento para reforçar a narrativa da liderança exercida por Jesus Cristo, ajudando a estruturar o Cristianismo na idade média.
Nenhum comentário:
Postar um comentário